quinta-feira, 28 de abril de 2011

COMO UMA VIAGEM DE ÔNIBUS É INTERESSANTE... estressante...








Caros e Caras leitor@s, boa noite...

Acabei de chegar de ônibus vindo de Ji-Paraná, após uma manhã de reunião com a FETAGRO sobre Base de Serviço de Comercialização no Território Central...

Então, na viagem de ônibus apesar de cansativa também tem seu lado interessante que é a troca de informação... as pessoas ao enjoar do silêncio, do cochilo remuntado busca algo mais o que fazer... alguém para conversar... Assim sou eu, aproveito bem para trocar informações... neste retorno na tarde/noite de hoje não foi diferente...
Conheci dois cabras de estados completamente diferentes: Davi, chegando de Londrina no Paraná e "rubinho" retornando de Santarém do Pará. O primeiro de férias, conhecer Porto Velho e rever seu irmão, já o segundo, voltando para o canteiro de obras em Jirau...
Para Davi tudo novidade, embora tenha conhecimento on line da região... logo bem vindo ao porto... velho... em construção...
Já "rubinho", retorna ao "inferno" como ele caracteriza o imagem do dia que fugiu dos tiros com bala de borracha e spray de pimenta usado pela COE para dispersar a multidão de trabalhadores no dia da revolta no canteiro de obras em Jirau...
Talvez realmente "rubinho" saiba o que é o inferno no referido canteiro de obras diante dos fatos estarrecedores que me narrou e que ele presenciou... fatos estes desconhecidos por nós moradores de Porto Velho, cujo processo de abafamento consegue nos deixar desinformados para não gerar consternação...
Pois é, não vou tratar de todos, mas recordo de um que sucedeu no início do ano que foi o caso de uma trabalhadora que foi estrupada e veio a óbito dentro de alojamento masculino no lado direito, quando esta foi visitar seu namorado e foi vítima de uma "emboscada sexual"...
Não se assuste! É o inferno que "rubinho" vive todo dia...
Ele disse que seus familiares se assustaram quando ele chegou em Santarém... todos tinham tido a notícia de que ele tinha sido assassinado... que susto disse ele, meus vizinhos nem acreditavam que eu estava vivo...
Ele narra ainda que na região da "usina do amor" muitas pessoas sumiram... o passaporte para entrar no local era ter que comprar drogas dos traficantes que ficavam nas margens do caminho que levava até o local... no retorno muitos já embriagados tinham sua grana roubada... "tem gente que sumiu no caminho de volta"...
Não me pergunte se isso é verdade porque nunca fui lá... será que o MPF e MPE sabem disso, ou conhecem estas situações? É hora de passar a limpo... onde há fumaça já teve fogo...

talvez seria melhor se a viagem de ônibus tivesse ocorrida rapidamente e assim eu nem teria tido tempo para conhecer estas entranhas do "progresso, do desenvolvimento"... realmente estão des-envolvendo nossos sonhos de acabar com a miséria neste país, na pan-amazônia... é preciso ter coragem, reiventar o sonho...

Áh, ia me esquecendo... bem vindo Davi...!

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