quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

MAB APÓIA A LUTA DOS ATINGIDOS POR UHE JIRAU...

Atingidos pelas barragens de jirau cobram os seus direitos!

Depois de uma rodada de conversas com a comunidade de Mutum Paraná e nas comunidades vizinhas atingidas pela barragem de jirau, em Rondônia. Ocorreu uma Assembléia para discutir a pauta de reivindicações para ser apresentada ao consórcio energia sustentável do Brasil (Enersus –GDF Suez).

Neste dia 24 de janeiro, mais de 200 pessoas discutiram sobre os direitos dos atingidos na comunidade de Mutum Paraná junto com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Eles reivindicam o direito ao reassentamento e um plano de desenvolvimento local, As famílias reunidas ainda resistem à retirada forçada pelo consórcio energia sustentável do Brasil Enersus - GDF Suez, dona da barragem que vem negando as informações para os atingidos. E a população ainda não sabe o que a empresa tem para oferecer. Um atingido diz “apenas sabemos que vamos ter que sair das nossas casas, eles falam em carta de crédito (valor em dinheiro) e na Nova Mutum, mas não sabemos se vamos ter nossos direitos reconhecidos, queremos ter a garantia de continuar na terra produzindo para sustentar nossas famílias. Não quero morar no pólo industrial de Porto Velho, seria uma agressão a nós”

No dia 7 de janeiro, o Movimento dos Atingidos por Barragens, teve acesso ao Plano de Remanejamento da População Atingida. Um plano que ainda não contempla os diretos dos atingidos. Porém a empresa afirma que esse não é o documento final. Segundo o responsável pelo remanejamento o mesmo não tinha sido aprovado pela diretoria da empresa – porém o mesmo foi elabora em agosto de 2009. Esta é mais uma das denúncias que o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) vem fazendo. Estão negando as verdadeiras informações à população atingida em Rondônia. Segundo os ribeirinhos, estão sendo obrigados a pagar para serem desalojados. Está incluído no valor da indenização, o custo da moradia e da infra-estrutura no novo local ofertado pela empresa.

“Por isso o MAB é contra:

· A carta de crédito e às agrovilas urbanas, o dinheiro acaba logo com a compra da casa e no Pólo Industrial eles não terão condições de produção, como eram acostumados. Nosso povo deve ser reassentado em áreas que dêem condições mínimas de reestruturação das famílias, como possibilidade de continuarem produzindo na terra. “O que vem acontecendo com os que já saíram das comunidades é que eles não encontram trabalho e já engrossam as periferias de Porto Velho”, disse Tânia Leite, do MAB.

· Os atingidos têm direito de decidir para onde querem ir, e como deve ser a sua transferência. E o que acontece é que e empresa decide tudo pelas as famílias.

· Denunciamos o modelo de casa de placas em Nova Mutum. É um modelo que para realidade da Amazônia não serve, pois a região é muito quente e será insuportável viver nelas.

· Que os atingido tem o direto de permanecer na beira do rio, para não perder a cultura ribeirinha já comprometida pela barragem.

O INSTITUTO MADEIRA VIVO APÓIA ESTA LUTA!!!

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